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Penso que o papel da arte é buscar uma conexão do ser com sua expressão, na tentativa de ampliar a dimensão da vivência humana.

Sigo com convicção que o objeto de arte carrega um certo mistério, o que permite ao observador acessar certos lugares dentro de si que estão latentes ou adormecidos pela vida cotidiana.

O fazer artístico é um diário de bordo, um mapa da minha viagem por aqui. Desde as anotações de fragmentos de textos, ideias, desenhos, fotos, conversas registradas por escrito, até o enfrentamento com a material, parte do que vivi e senti está impregnado ali.

Comecei olhando pra minha história pessoal, passei pra fora, pro meu entorno, pra estética do meu tempo…  entrei no corpo do trabalho, no material, no meu próprio corpo, na experiência contundente de estar viva.

Hoje, depois de 30 anos de trabalho, compreendo que todos esses objetos que pus no mundo, traçam um caminho na construção da minha identidade, um testemunho da travessia no território do sentir.

 

SILVIA MECOZZI

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